sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Dor


É que quando a dor aperta, a gente não sabe o que fazer. Olha de um lado pro outro e vê que ninguém ta ali para ajudar você. E você se desespera. Chora. Faz birra. Porque a dor não mede esforços para nada. Seja você pequeno, velho, novo. Seja por uma morte de uma pessoa querida ou qualquer outra coisa que a dor venha bater a portinha do seu coração. A dor não quer saber quantos sofrimentos você já teve, ou qual idade você tem. Eu, com meus 17, não sei nada sobre a vida. Mas eu já sei muito no quesito de sofrer. É que quando a dor chega, você para e pensa que só você pode se ajudar e mais ninguém. Que confiar em outra pessoa é papo furado. É cilada. Que a dor ensina da forma mais difícil que sofrer faz você crescer. Que ninguém é de ninguém e que nenhum amor deve ser mendigado. Que as lágrimas, as vezes, servem para  lavar a sua alma de tão seca que ela está. Vai entender a dor. Vem e machuca como quem enfia algo no seu coração, como quem puxa seu cabelo até você ficar careca. A dor vem, mas vai embora. Mas enquanto ela não vai, ela maltrata. E maltrata cada vez mais, até você gritar e dizer: Eu não aguento mais!
Mas ela não se importa. Não se importa se você já aprendeu a lição ou se você ainda não sabe o ABC. Ela vai embora quando ela acha que tem que ir, quando a dor é tanta, que já não dói mais. E isso é injusto. Porque a gente já nasce chorando e chorar mais a gente não quer. Mas aí a felicidade vem, vem e renova todas as suas forças, Deus manda anjinhos do céu para ficar com você e dizer não temas. Aí a dor alivia. Todavia, a felicidade é passageira, e quando ela vai embora, a dor vem novamente. E eu percebo que nós nunca vamos nos livrar dela. Mas tem que ter alguma coisa boa nisso. Eu tenho fé que existe alguma coisa boa por trás disso. E eu vou lutar para descobrir.

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