quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

A saudade que gosta de ser lembrada

Saudade é um preguinho em nosso pé. Um preguinho mesmo. Do tamanho de nada. Aqueles que a gente bota nas havaianas quando elas se toram. Sabe como é né. 
Se brincar, um preguinho menor ainda. Tão insignificante igual a um grão de arroz. 
Mas de insignificante só o tamanho mesmo. Porque quando prega em nosso pé, ah, que dor..
Saudade é um vidro em nosso pé. Um caquinho de vidro. Tamanho de nada, coitado! Da nem para ver se cair no chão. Mas se pega no pé.. corta, machuca, dói.

Mas a diferença que existe entre o vidro, o prego e a saudade, é que o vidro e o prego a gente pode tirar do nosso pé, já a saudade.. não.
Por onde a gente andar a saudade fica ali, grudadinha com a gente. Por mais que tentem tirar e, com tanto esforço, consiga.. ela volta. E volta nas horas mais convincentes: nas horas que a gente esquece dela. 
Parece que ela gosta de ser lembrada.
Gosta tanto que criaram um dia só pra ela. Que coisa!
A maldita saudade não me solta nunca..

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